domingo, 10 de maio de 2009

Alimento orgânico avança no mundo - e também no Brasil



A busca por hábitos mais saudáveis fez surgir no início da década de 1990 o conceito do alimento livre de insumos químicos e que utiliza apenas fontes de nutrientes naturais durante sua plantação e desenvolvimento. Agora, pautada pela questão da sustentabilidade, se tornou uma oportunidade de negócios que já movimenta o equivalente a cerca de 132 bilhões de reais em todo o mundo. Segundo dados da organização da BioFach, maior feira de orgânicos do planeta, a estimativa é que esse mercado chegue aos 176 bilhões de reais no ano que vem.

No Brasil, as redes de supermercados estimam que suas vendas de orgânicos cresçam à taxa de 25% ao ano. Só o Grupo Pão de Açúcar faturou 28,5 milhões de reais em 2008 apenas com a venda de itens hortifruti orgânicos. Segundo Sandra Caíres, gerente de desenvolvimento de produtos orgânicos da rede, a previsão do grupo é crescer pelo menos uma média de 25% por ano. "Só não crescemos mais porque a demanda é maior que a oferta de produto", diz.

Mas nem só nos supermercados estão os orgânicos. Alguns empórios, restaurantes, cafés e até mesmo padarias oferecem esses produtos. Além desses locais, também é possível encontrá-los nas feiras livres orgânicas em algumas cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Clique aqui para conferir os endereços.

Em 2008, o país exportou pouco mais de 12 milhões de dólares para 35 países, com uma pauta composta principalmente de produtos primários. Na opinião da diretora técnica da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Silvia Wachsner, a razão dos altos preços é a baixa escala da produção. Isso porque, em geral, a produção dos itens orgânicos ainda está concentrada nas pequenas fazendas e proprietários. "A solução é a formação de cooperativas ou associações, só assim eles vão gerenciar melhor a logística e conseguir baixar o custo final."
Fonte: Veja

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